quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Obrigado pela companhia em 2011 e até o ano que vem

No começo de um ano, vemos a perspectiva de fazer algo diferente, pra melhor, é claro. São muitas possibilidades, doze meses para alcançarmos tudo o que queremos.

Mas temos que ser pacientes. Uma coisa de cada vez, pois são 365 dias (366 em 2012) para terminá-los realizados.

Essa paciência foi uma das coisas que aprendi com a corrida. Entre a largada e a chegada de uma prova, enxergamos inúmeras oportunidades para alcançarmos recordes pessoais e sermos cada quilômetro mais rápido que o anterior.

Porém, é preciso controlar o ritmo. Dar tudo de si no começo pode terminar com o seu fôlego e a sua prova ser um desastre. Na vida acontece o mesmo.

Assim como a corrida não se resume nas primeiras passadas, o ano não acaba em abril.

Eu sei que é difícil, principalmente eu, que sou extremamente ansiosos para resolver tudo de uma tacada só, mas o planejamento a médio e longo prazo é fundamental.

Por isso, larguem com calma, aqueça bem, analise as condições e siga um pace agradável. Quando ver que tudo está bem, acelere. Não importa que já tenha passado mais da metade da prova (ou do ano), você vai ter pique para terminar inteiro e feliz.

Feliz split negativo para todos em 2012!

Let´s keep running!

P.S. Para quem não sabe, split negativo é quando o corredor faz a segunda metade da prova mais rápido que a primeira. É uma das estratégias dos maratonistas para quebrar recordes.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Tirando a barriga da miséria


Durante o ano, quando encaramos uma festança em um final de semana, geralmente maneiramos no seguinte, seja para preservar nossa saúde física ou financeira ou ambas.

Mas nas festas de final de ano é difícil se controlar. Junte familiares + amigos + mesa farta e o resultado será a sensação de que não precisamos mais comer entre o Natal e o Ano Novo.

A São Silvestre representa mais ou menos esse festival gastronômico da corrida.

Depois de 12 meses treinando forte para alcançar metas, madrugando para participar das provas e limitando nossos copos, taças e pratos, agora podemos nos esbaldar.

Se entre o ho ho ho e o feliz ano novo nem lembramos da balança, em nossa corrida preferida desencanamos da performance, chutamos o balde do recorde pessoal e nos divertimos com pessoas que nunca vimos na vida, mas que durante a prova são a nossa família e melhores amigos.

A contagem regressiva começa às 17 horas e a ceia é servida enquanto corremos: gatorade, água, barrinhas de cereais e frutas. São 15 km de confraternização que valem pelo ano inteiro.

Mas quando cruzamos a linha de chegada, a correria continua. É voltar pra casa, tomar banho e partir para o banquete da tia Dalva.

Afinal, temos que começar 2012 com muita energia para as próximas provas.

Let´s keep running!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Manias de corredor

Quando estou me arrumando para ir correr, faço um ritual parecido com o do Rambo naquele desenho que passava no Xou da Xuxa. Sempre que ia entrar em ação, o McGyver das guerras acomodava seus brinquedinhos de combate na calça, na jaqueta e no coturno, finalizando com a inseparável fita vermelha na testa.

Meus instrumentos de prova são bem mais inofensivos. Primeiro tiro a palmilha do meu tênis e acomodo meu sensor Nike+. Depois, coloco o receptor no iPod e o prendo no shorts antes de partir para a cinta do monitor cardíaco. Molho a parte dos sensores que captam meus batimentos e a prendo em volta do peito. Encaixo o receptor e coloco o relógio. Termino colocando a viseira ou o boné.

Agora já estou pronto para correr.

Pra mim, a corrida já começa aí. É o momento de concentração e do primeiro passo para encarar a batalha da prova ou do treino com a moral elevada.

Esquecer algum desses detalhes é a mesma coisa que entrar numa guerra sem munição.

Let’s keep running!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A hora do adeus

Qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência.

Não precisou de briga ou discutir a relação. Simplesmente acabou.

Na verdade, nunca morri de amores por ela. Nossos encontros ocorriam esporadicamente no meio da semana e não duravam mais do que uma hora.

Mesmo admitindo que essa convivência me fizesse bem, chegou um momento que não conseguia mais encará-la de frente. Estava me sentindo preso, o relacionamento havia caído na mesmice, e percebi que não sairia do lugar.

Foi então que os encontros foram se tornando raros. Quando passava embaixo da sua janela, corria meu olhar saudoso para ela e me perguntava se devia subir. Melhor não. Insistir em algo que já está desgastado só aumentariam as chances de eu me machucar.

Não digo que vou esquecê-la. Não, jamais faria isso. Os bons momentos que passamos juntos foram muito valiosos e talvez nos encontremos uma noite qualquer.

Mas o importante é que estou decidido. A partir de agora deixarei de correr na esteira e farei na rua meus treinos noturnos durante a semana.

Com mais liberdade, poderei ir mais longe nos meus objetivos. Vou respirar novos ares e correrei no ritmo que eu quiser.

Let’s keep running!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Férias corridas

Férias. Taí uma coisa que nunca sai da nossa cabeça. Mal terminam e já estamos pensando nas próxima.
Muitas coisas na vida precisam de foco, mas nada é mais prazeroso do que planejar nosso descanso anual.
Quem corre tem o mesmo gosto em procurar pelas corridas. Aliás, é nas minhas férias de dezembro que inicio a busca pelas provas do ano seguinte.
Diariamente busco os calendários para me organizar. E quando escolho as minhas corridas, já fico alucinado para chegar logo o dia da largada.
E quando cruzamos a linha de chegada, já estamos pensando na próxima. Da mesma forma que avaliamos o que levar na mala da viagem, já começamos a pensar com que roupa vamos correr, se vamos atrás do recorde pessoal, se escolhemos uma prova nova ou tradicional e por aí vai.
Mas o legal mesmo deve ser unir as duas coisas e fazer o “maraturismo”. Confesso que é um dos meus sonhos de consumo sair de férias e participar de uma corrida no local. Um dia eu chego lá.
Esse dia ainda não veio, porém as minhas férias já chegaram. Vou aproveitá-las por aqui mesmo, sem viagens dessa vez. Descansarei do trabalho, mas continuarei correndo.
Let’s keep running!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Analogias entre o trabalho e a corrida

Você dá o melhor de si, nunca falta, chega no horário e sai quando todos os colegas já chegaram em casa. Promoção? Nenhuma, mas a quantidade de trabalho é de fazer inveja ao mais fanático dos workaholics.

Não quero denegrir nosso ganha-pão, afinal, graças a ele pagamos as inscrições nas corridas, mas o certo é que a correria do dia a dia profissional é diferente da do nosso esporte favorito.

Esqueça as salas apertadas, cheias de gente engravatada querendo cada um comer o fígado do outro. Na corrida, as reuniões são a céu aberto e em clima bastante amistoso.

Descontraídas e democráticas, as decisões são compartilhadas por todos os participantes. Nem existe aquele chefe mala pra gente falar mal depois.

Também não há trairagem e o pessoal respeita as limitações de cada um. Mais do que isso, o apoio e a camaradagem estão no pacote de benefícios.

Mas para se dar bem é preciso deixar a zona de conforto para trás. Temos que ralar pra caramba, muitas vezes acordando cedinho ou fazendo hora extra depois do expediente.

A diferença é que todo o esforço é recompensado. A satisfação é garantida e tamanha dedicação ainda faz bem à saúde.

Além disso, somos promovidos por meritocracia. Com muita força de vontade passamos dos 5K para os 10K. Mais alguns meses e já atingimos o nível de meia maratona. Para os mais ambiciosos, a partir dessa distância todos já podem almejar o cargo mais desejado do mundo da corrida: o de maratonista.

Claro que em meio a tanto suor, existe o happy hour após as desgastantes provas. Que tal uma rodada de Gatorade com uma porção de barrinhas de cereais?

Let’s keep running!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sorria. Você está sendo incentivado

Durante o ano, quantas vezes as pessoas se juntam ao seu lado para te incentivar no que está fazendo?
Neste mesmo período, em quantas oportunidades você serviu de inspiração para os outros?
Acredito que as respostas sejam “poucas” ou “nenhuma”. Comigo é assim também.
Mas existe um dia que você é o centro das atenções. E digo mais, não serão só as pessoas ao seu redor que vão dar “aquele” apoio. Estou falando de milhares de cidadãos que nunca te viram na vida.
Tudo isso, claro, se você se inscrever na São Silvestre. Ou você acha que aqueles milhares de paulistanos apinhados ao longo do percurso querem ver os quenianos ou os marroquinos?
Não, todos estão ali por sua causa. Querem ver você passando, gritar seu nome e encher seu “tanque” de entusiasmo para ir até o final.
Além disso, imagine quantas pessoas, ao longo dos 15 km, não vão olhar seu esforço e pensar “no ano que vem vou fazer igual esse cara ou igual essa menina e terminar a corrida”.
Correr é uma emoção tão grande que não dá para explicar, só vivendo. Por isso, se inscreva na edição de 2012 da São Silvestre e mate a vontade daqueles que estão loucos para ver você correndo.
Let’s keep running!

sábado, 10 de dezembro de 2011

O rio Tietê corre comigo

As águas sujas e mal-cheirosas do Tietê me acompanham em alguns treinos.

Calma, não faço meus longões na marginal. Acontece que esse nosso ilustre conhecido também exibe sua poluição em Alphaville.

O mesmo lugar cercado de árvores, plano, com calçamento em bom estado e que termina em um belo parque é ladeado pelo rio que, em dias bastante “inspirados”, é capaz de fazer o mais fanático corredor repensar seu treino antes das primeiras passadas.

Seu cheiro chega a ser tão ruim que dói na alma. É deprimente saber que a degradação do Tietê é mais rápida do que a velocidade de todos os corredores da pista de Alphaville.

Bom, esse post foi só um desabafo e vou parar por aqui. Até porque essa história se encaminha para um final muito triste.

Let’s keep running!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

No ritmo dos nossos desafios


Ah, zona de conforto, que maravilha. Nada incomoda, está tudo sob controle. Pra que se esforçar se consigo fazer o arroz com feijão, o cliente aprova e o chefe não precisa gastar seu precioso tempo cobrando mais empenho?
Maldita zona de conforto. Impede que o bom fique ótimo e que o percurso das conquistas pessoais ganhe novos quilômetros.
Independente de querer ou não se superar, correr é sempre bom. Mas imagine quantos recordes pessoais você já deixou de alcançar por não querer uma gota de suor a mais no rosto ou aumentar alguns centímetros as suas passadas.
No fim da prova, você fica imaginando, frustrado: “Putz, naquele trecho eu podia ter acelerado”, “Por quê eu poupei energia naquela subida que nem era tão íngreme?”.
Mas já era, ficou para trás. Por desinteresse ou preguiça de realizar um pequeno esforço, perdemos a chance de dar o nosso melhor e fazer algo que nos fizesse destacar entre os outros.
Na corrida sempre temos uma nova chance. Mas e na vida?
Let’s keep running!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O médico da família corinthiana

Estava iniciando minha corrida no domingo pela manhã, no Parque do Carmo, quando ouvi uma mulher que montava sua barraca de lanches comentar a morte do Sócrates.
Por mais que as evidências encaminhavam para um desfecho triste, fiquei transtornado com a notícia. Primeiro pensei em parar de correr, mas isso não seria justo. Para homenagear um esportista, nada melhor do que continuar correndo.
Ainda mais o Magrão, que em uma entrevista disse que a síntese da superação no esporte, na sua opinião, foi em uma maratona olímpica. Acredito que todos já viram a imagem de uma atleta se contorcendo em cãimbras lutando para terminar a prova.
Esse é um típico exemplo de que uma imagem vale mais que mil palavras.
O tempo que acompanhei a trajetória do doutor foi tão breve quanto um toque de calcanhar, mas o suficiente para me cativar de forma tão fulminante quanto o seu gol contra a URSS, na Copa de 82.
Por isso, o post de hoje é em memória ao Sócrates Brasileiro. Valeu Doutor.
Let’s keep running!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Adeus ano velho, feliz ano novo


Quando viro a folhinha de novembro do calendário, penso: “Já era o ano.”
É incrível como as coisas, com excessão do trânsito, é obvio, parece ganhar velocidade nessa época. Um piscar de olhos e já estamos dando feliz Natal, mais um e lá vamos nós pra largada da São Silvestre.
Faltam só cinco finais de semana para 2011 acabar. O balanço que faço do ano é nota 5. Meu primeiro semestre foi fantástico. Melhor tempo nos 10 K e em ponto de bala pra meia maratona.
Mas a segunda metade deste ano, confesso, deixou a desejar. Contusões, compromissos e a preguiça me afastaram um pouco da corrida. Nem de uma mísera prova eu participei. Que vergonha.
Realmente não fui um bom menino, mas mesmo assim Papai Noel vai me dar o presente de correr a São Silvestre.
E este é um bom motivo pra esquecer o que passou e olhar sempre pra frente. Para 2012, os planos continuam os mesmos de 2011: correr minha primeira meia maratona e aumentar cada vez mais minha quilometragem.
Essa é outra coisa boa da corrida: você sempre tem uma segunda chance.
Let’s keep running!