segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Umidade X Humildade

Parece que tudo na vida tem um limite, menos a nossa teimosia.
Aquela menina vive te dando fora, publica coisas humilhantes sobre a sua pessoa no Facebook, mas mesmo assim você insiste que vai conquistá-la.
No trabalho, você acha que teve uma ideia que vai erradicar os problemas da empresa, mas todos dizem que a única coisa que vai acabar é a sua carreira. Entretanto, você não perde a oportunidade de defender sua “brilhante” teoria em todas as reuniões.
Na corrida, oportunidades não faltam para pôr em prática nossas teimosias. É o caso de tentar aumentar a performance no dia em que a umidade está altíssima.
Não adianta correr contra a natureza. Nessas condições, seu suor não evapora, a temperatura do corpo vai lá em cima e você fica parecendo um vulcão em erupção.
Eu tenho sérias dificuldades em mudar os planos no meio do treinamento ou da corrida. No dia do aniversário de São Paulo, me propus a correr 15 km em um ritmo forte. Como a umidade estava literalmente nas nuvens, corri apenas 12 km e ainda diminui drasticamente meu ímpeto.
Nem adiantou pensar no “falta pouco para acabar”. Ao invés de quebrar meu recorde, podia quebrar a mim mesmo. A solução foi ser humilde e respeitar os meus limites.
Então, sejamos menos teimosos e...
Let’s keep running!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sai da frente

Se no BBB o termo “paredão” causa arrepios em seus participantes, na corrida não é tão diferente.
A vantagem das pistas é que para escapar dele você não depende dos votos de terceiros, basta acordar cedo. Muito cedo.
Que atire o primeiro tênis o corredor que nunca se deparou com um grupo de amigos a passos de cágado, cada um trotando ao lado do outro falando sobre viagens, o tempo, o mercado financeiro etc. Estão tão entretidos no assunto que esquecem que existem outras pessoas mais rápidas, e elas precisam transpor esse paredão humano.
Por isso, da mesma forma que a gente sai de casa mais cedo para evitar o trânsito, eu madrugo para correr os meus longões.
Veja bem, cada um corre como quiser. Praticar esporte é a melhor coisa do mundo, não importa a velocidade, mas temos que respeitar os objetivos de cada um.
Afinal, como no reality show da corrida não existem eliminações, ninguém merece ir para o paredão.
Let’s keep running!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Aprecie os bons momentos


Existem dois momentos na vida que eu costumo chamar de “só meus”: o cafezinho após “aquele” almoço do final de semana ou para encerrar um passeio pelo shopping, e a corrida, é claro.
Inevitavelmente nestas ocasiões parece que fico em um nível superior. E lá de cima, parece bem mais fácil observar os meus problemas e olhar melhor para o futuro.
Consigo tirar boas ideias e logo as tarefas difíceis vão ficando para trás.
Fico tão abstraído confabulando comigo mesmo que de repente o café já tá quase frio e o treino, terminando.
Por isso, quando as dificuldades apertarem, corra. Ou pare alguns minutinhos na Kopenhagen, no McCafé, na Starbucks...
Let’s keep running!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Luz, câmera, ação

Estou tão longe de ser um cinéfilo quanto a distância entre a largada e a chegada de uma maratona.
Mas adoro filmes, especialmente os europeus. Tirando aquelas comédias românticas da Sessão da Tarde, quando você já sabe o que vai acontecer pelo título, acho as produções hollywoodianas um bom divertimento.
Comparando com a corrida, classificaria os blockbusters como as provas de 5 e 10 quilômetros. Não dá tempo pra pensar, tudo tem que acontecer rápido. Cenas e correria de perder o fôlego; explosões na tela e no ritmo da prova. Ufa, haja pipoca e gatorade.
Já os filmes europeus seriam as distâncias maiores. A Fátima, minha namorada costuma rotulá-los como “filmes que não acontece nada”. Pelo contrário, com paciência e olhar apurado é possível notar grandes transformações nas personagens. Mas ao invés de tiros e tomadas impressionantes, as mudanças acontecem no interior dos protagonistas.
Nas meias e nas maratonas, a cadência é tudo. Os quilômetros passam mais devagar, é possível observar melhor todo o trajeto e acompanhar seu desempenho a cada mudança na frequência cardíaca.
Mas gosto não se discute. Há quem goste de provas de tiro rápido como os apaixonados pelas de fundo. Existem os que não perdem uma estreia na rede Cinemark, assim como aqueles que contam os dias para começar a Mostra Internacional de Cinema.
Enfim, o importante é que todos tenham um final feliz. Seja diante da tela, seja nas pistas.
Let’s keep running!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Não deixe que te passem para trás. Corra

Quem ainda não passou por isso, prepare-se: a qualquer momento da sua vida você se sentirá pressionado a ser desonesto.
Mentir, trair colegas, errar no troco, camuflar resultados, etc. Muitas vezes não há para onde correr, pois trata-se da sua sobrevivência corporativa, familiar ou pessoal.
Quer fugir disso? Venha correr. Não como profissional, onde a tirania rola solta com dopings, mas nos parques, nas ruas, nas praias.
Aqui não tem como sabotar. Se você treinou direito e respeitar seus limites, vai longe. Se foi negligente nos treinamentos, ficará pelo caminho. Simples assim.
Pode parecer utopia da minha parte, mas um pouco dessa lição poderia ser levada à vida real se todos seguissem a disciplina dos treinos.
Aprenderíamos a dividir o mesmo espaço, a compartilhar experiências, ajudar uns aos outros a alcançar seus objetivos e sempre fazer um planejamento para encarar um desafio.
Mas vou ser honesto com você, isso é impossível. Então, deixa eu calçar meus tênis e correr. Pelo menos por alguns minutos posso me sentir em um mundo melhor.
Let`s keep running!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Você chegou lá. E agora?

Chegou o grande dia. Você foi promovido ou vai ocupar um cargo melhor em outra empresa.
Novas responsabilidades, uma sala diferente e trabalho ainda mais árduo.
Há tempos você vem se preparando para isso, sabe exatamente o que tem que fazer, mas... será que vai conseguir?
Não tem jeito, o frio na barriga e a desconfiança em se fazer algo pela primeira vez nos acompanha em tudo.
Tirando os períodos de lesão e preguiça, desde o ano passado estou treinando para meus primeiros 21 km. Sei que posso encarar essa distância, pois estou correndo regularmente, mas será que vou conseguir fazer tudo direitinho depois da largada?
Um amigo meu dizia que o bom de ser pessimista é que o que vier é lucro.
Não encaro isso como pessimismo, e sim como ter os pés no chão. Essa carga de humildade é positiva. Nos faz ficar atentos a todos os detalhes e isso é fundamental para pegarmos “as manhas” rapidinho.
Depois disso, é só olhar para a frente e curtir cada momento, confirmando que somos capazes de superar qualquer desafio.
Let’s keep running!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O duro recomeço

Voltar de férias é um crime. Preguiça, sono, moleza, tudo conspira para não render.
Acho que deveríamos voltar aos poucos, tipo meio período durante a primeira semana para retomar o ritmo.
Mas como isso não é possível, o jeito é lavar o rosto, arregaçar as mangas e fazer o melhor. Afinal, temos que trabalhar para pagar nossas inscrições nas provas.
Voltar a correr depois das festas também é assim. A gente dá os primeiros trotes arrotando as ceias de Natal e do Réveillon. A diferença é que nesse caso podemos voltar aos poucos até recuperar o fôlego.
E quanto mais cedo fizermos isso, melhor, principalmente porque já tenho planos de correr o Circuito Sol em fevereiro.
Aliás, todo começo de ano é o período de planejar coisas. Trocar o carro, de casa, comprar um televisão maior, viajar e quais provas participar.
Eu já selecionei as minhas e você?
Let’s keep running.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O primeiro segundo do ano

Um segundo faz uma diferença psicológica enorme em nossas vidas. O Réveillon, por exemplo.

Se você parar para pensar, 0h do dia 1º de janeiro é uma realidade (muitas vezes assustadora) totalmente diferente das 23 horas, 59 minutos e 59 segundos do dia 31 de dezembro.

Antes se dizia “Só caso em setembro do ano que vem”, mas um segundo depois a frase muda para “Caso em setembro DESTE ano”. Ou então “O mundo só acaba o ano que vem”, porém, assim que acabam os fogos e todas as champagnes são abertas, a verdade é “O mundo acaba ESTE ano”.

Para não ficar só nos exemplos “assustadores”, tem as coisas boas como “Me formo no ano que vem ainda”, mas depois que a Globo confirma que é meia-noite, o estudante aplicado pode gritar “Tá acabando, me formo daqui a alguns meses”.

Fala a verdade, isso é uma coisa que parece simples, mas que nos dão uma enorme alegria e, porque não, nos motivam ainda mais em nossos futuros objetivos.

Pois é exatamente esse segundinho que também faz toda a diferença em uma prova. Baixar essa diferença mínima em relação à sua corrida anterior é motivo pra queima de fogos e muitos estouros de champagne.

Consegui baixar 9 minutos o meu tempo da São Silvestre em 2011. Considerando os vários segundo existentes nesse espaço de tempo, posso dizer que ganhei o ano.

Feliz 2012!

Let’s keep running!