Quando estou me arrumando para ir correr, faço um ritual parecido com o do Rambo naquele desenho que passava no Xou da Xuxa. Sempre que ia entrar em ação, o McGyver das guerras acomodava seus brinquedinhos de combate na calça, na jaqueta e no coturno, finalizando com a inseparável fita vermelha na testa.
Meus instrumentos de prova são bem mais inofensivos. Primeiro tiro a palmilha do meu tênis e acomodo meu sensor Nike+. Depois, coloco o receptor no iPod e o prendo no shorts antes de partir para a cinta do monitor cardíaco. Molho a parte dos sensores que captam meus batimentos e a prendo em volta do peito. Encaixo o receptor e coloco o relógio. Termino colocando a viseira ou o boné.
Agora já estou pronto para correr.
Pra mim, a corrida já começa aí. É o momento de concentração e do primeiro passo para encarar a batalha da prova ou do treino com a moral elevada.
Esquecer algum desses detalhes é a mesma coisa que entrar numa guerra sem munição.
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