Diga a alguém que você pratica corrida de rua e a primeira pergunta que ouvirá será “Já correu a São Silvestre?” Se disser “Ainda não”, com certeza perderá credibilidade. E não adianta complementar “Mas já corri maratonas em Nova Iorque e Berlim”.
A prova de rua mais tradicional e querida do País é um mito tanto para corredores quanto para não corredores.
E apesar de muita gente estar “se esforçando” para desfigurar a corrida, ela ainda continua sendo minha última atividade oficial do ano.
Essa semana pretendo me inscrever. Será a minha segunda participação e toda a vez que passo por algum ponto do percurso entro no clima.
Ontem desci a Brigadeiro Luis Antônio e a cada um dos inúmeros semáforos vermelhos que parava, ficava me imaginando no sentido inverso, suando. “Se houvesse essas paradas no dia da corrida, poderia recuperar o fôlego”, pensei.
Ao passar pelo minhocão, não tem como não rir do lugar mais legal da corrida na minha opinião. A galera nas janelas dos prédios e ao longo do elevado, já no clima do réveillon, se transforma no nosso GPS - “Falta pouco, vamos lá!” - e nos atualiza com informações em tempo real, sejam elas otimistas - “Deu Brasil. O Marílson ganhou” – ou para tirar uma da sua cara – “Pode parar de correr, o queniano já chegou”.
Mas pra mim, o melhor da São Silvestre é ela acontecer em 31 de dezembro. Afinal, depois de 365 dias trabalhando, estudando e pagando impostos, a gente merece uma medalha.
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