sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Crise de abstinência

Quem nunca ficou na secura por um gole de cerveja, vinho ou qualquer outro fluido alcoólico enquanto estava tomando algum tipo de medicamento que atire a primeira garrafa.

Estava me sentindo assim de meados de junho até meados de julho, quando uma inflamação na região do joelho me afastou da corrida. Nem um mísero e inofensivo trote. Tinha que me manter tão longe das pistas quanto um motorista embriagado das ruas.

É incrível como a sensação de dependência, nesse caso saudável, mexe com a gente. Fiquei irritado, mal humorado e dormia pessimamente. Nem o fato de acordar tarde no final de semana recompensava a sensação do condicionamento físico descendo ladeira abaixo. 

Quando via o pessoal correndo nas ruas, parques e academias, não disfarçava minha tristeza. Até mesmo os sites e as revistas eu deixei de ler para evitar lamentações.

Ao subir na esteira pela primeira vez após o tratamento, quase chorei. Primeiro de alegria e alguns minutos depois de decepção por perceber que estava longe do ritmo de antes.

Teria que correr atrás do tempo perdido, literalmente. Meu tempo de inatividade me fez regredir alguns passos na preparação para a meia maratona. Mas pelo menos estava de volta. Por isso, termino este post com um brinde ao vício mais saudável do mundo.

Let’s keep running!

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