Estamos correndo tranquilamente, tudo lindo e plano quando de repente ela surge, imponente. Lá do alto parece rir da nossa insignificância, nos desafiando a superá-la.
Essa é a imagem que as subidas me passavam no começo. Mas se olharmos de pertinho, elas até que são simpáticas e podem proporcionar ótimos treinos.
Particularmente, sempre as via pelo lado ruim, até o dia que resolvi correr a São Silvestre e encarar a bendita Brigadeiro Luis Antônio.
Fui obrigado a acrescentar subidas aos meus treinamentos e os primeiros contatos não foram nada amigáveis. Os cumes dos meus “Everests” de piche pareciam nunca chegar. A sensação era que estava subindo escadas rolantes que desciam.
Com o tempo, fui pegando gosto por esse desafio (todo mundo tem seu lado masoquista) e o bicho-papão tornou-se um bichano. O que era um sacrifício transformou-se em prazer e agora sou um alpinista do asfalto.
E veja como são as coisas, virei um entusiasta de quem antes me botava um medo danado.
Mas a corrida é assim mesmo, vive nos surpreendendo.
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