Às vezes, ouço pessoas rindo e fazendo rir com suas histórias tristes e decepcionantes. Me pergunto: “Como podem se divertir com essas situações?”.
Com certeza elas não viram graça quando passaram por isso e seus ouvintes nem se atreveriam a esboçar um sorriso caso vivessem algo semelhante.
Mas é legal compartilhar esses momentos com os outros mais tarde. E qual gênero mais propenso ao sucesso do que a catástrofe e a desgraça alheias?
A corrida não é exceção e invariavelmente me flagro prestando atenção e rindo de histórias de contusões, câimbras, ataque de animais entre outras.
Por isso, estou me acostumando a encarar as fases difíceis na corrida como meu repertório de “causos” engraçados. Entre elas a meia maratona que paguei e não corri e a barata que “dormiu” dentro do meu tênis. A última coisa que você imagina acontecer antes da corrida é sentir alguma coisa se debatendo desesperadamente contra o seu pé na hora de calçar o tênis. Quando a tirei de lá e tentei acertá-la, a desgraçada deu um sprint e fugiu. As baratas sempre foram mais espertas do que eu.
Ah, tem também as vezes que o intestino resolve se manifestar no meio do treino. Nesse caso ou você para ou você para porque é impossível se concentrar na corrida e “segurar a bronca” ao mesmo tempo.
Já tá rindo, né? Tranquilo, isso também me diverte hoje.
Mas vale a dica: nunca saia para correr sem fazer o número dois. Senão essa também será mais uma história para você contar.
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